Quero ajudar - Um amigo
Esteja presente e ouça mais do que fale
Na maioria das vezes a intenção é muito boa. A gente se sente na obrigação de dizer algo e apelamos para os clichês ou para mensagens que julgamos que vão colocar a pessoa enlutada “para cima”. Na dúvida, melhor não dizer nada “original”. Um “sinto muito por sua perda”é muito melhor do que alguma frase “animadora”que tenta trazer o lado bom de algo que, naquele momento, dificilmente terá um lado bom. Para entender melhor o que fazer (e o que não fazer) segue uma lista de sugestões sobre o que ajuda ou não:
Ajuda:
– Esteja presente: ligue, escreva uma carta ou email, marque uma visita
– Entenda e aceite que cada um tem a sua maneira de vivenciar o luto. Não há uma maneira “normal” ou “anormal”
– Encoraje a pessoa a falar
– Esteja preparado para escutar
– Crie um ambiente ou circunstância em que a pessoa possa se expressar
– Saiba que o luto pode ser muito longo, não há um prazo “protocolar
– Procure entrar em contato nas datas difíceis como Natal ou aniversários
– Ofereça-se para tarefas práticas: resolver questões de banco, levar e buscar crianças, ajudar na arrumação da casa, etc
– Dê pequenos mimos que confortam: um bolo, um vasinho de flores, um cartão, um livro
– Indique terapeutas, grupos de ajuda ou sites como o nosso
Não ajuda:
– Evitar ou fugir de pessoas enlutadas
– Usar frases e expressões como: “você vai superar isso”ou “o tempo cura”, “foi melhor assim”
– Fazer comparações com outras perdas.
– Imaginar que perdas ou situações mais trágicas possam servir de consolo
– Achar que tudo bem não ir ao funeral porque “não gosta dessas coisas”
– Achar que dizer que a pessoa “pelo menos” não está mais sofrendo melhora a dor de quem ficou
– Falar qualquer coisa que comece com “pelo menos”
– Achar que há uma hierarquia no luto e que perder uma avó pode ser menos doloroso do que perder a mãe
– Dizer que é tempo de seguir adiante, que já deveriam ter superado
– Estranhar que a pessoa não queira falar
– Forçar a pessoa a falar, assustar-se ou intimidar-se com possíveis reações de raiva
– Subestimar o quanto dar apoio para o enlutado pode ser emocionalmente difícil para você: lembre-se de se cuidar