Inspiração - Reflexões
Homenagem às mães dos filhos que partiram: parabéns pelo seu dia
Sou mãe de dois filhos: o Paulo e a Gabi, que tem hoje 24 anos. Há 6 anos, entretanto, o Paulo partiu aos 28 anos. Como todo processo de luto, veio a dor do primeiro ano onde cada data parece que vem só para te lembrar mais ainda sobre a falta que um filho faz.
Me lembro do primeiro Dia das Mães, ainda em 2012, 3 meses após a partida do Paulo. A Gabriela, então com 18 anos, me escreveu um cartão que dizia:
“Mãe, a partir de hoje, cada cartão de Dia das Mães que eu te escrever, o Paulo está assinando junto.”
Aquele gesto da Gabi transformou a forma como eu viveria esse dia todos os anos. Acreditei nela, o Paulo está junto. Eu sou e sempre serei sua mãe. Mesmo com tanta saudade não deixo de comemorar o fato de eu ser mãe do Paulo. Tenho dois filhos e comemoro ambos: a chance de ter o Paulo na nossa família em sua breve jornada, a certeza de que ele estará para sempre com a gente de formas diferentes. E comemoro a Gabi, minha companheira de vida que me ajudou a ver um novo significado para esse dia.
Por isso eu quero homenagear cada mãe que tenha perdido seu filho. Em meu nome e em nome do Vamos Falar Sobre O Luto? O fato de seu filho não estar presente fisicamente, na nossa opinião, te torna uma mãe ainda mais especial. Porque só você consegue acessar seu filho aí dentro do seu coração. E, de tão linda essa imagem e sentimento, você mãe não vai se sentir vazia.
Vamos nos fortalecer nessa ideia de que um filho é para sempre e o Dia das Mães é um dia ainda mais especial para agradecermos essa vivência. Vamos transformar a saudade em agradecimento: obrigada meu filho, por ter vindo para a minha vida quando eu ainda era muito jovem. Nós crescemos juntos. Eu te queria para sempre. Por isso que, mesmo partindo, você existe em mim.
Nossa homenagem para todas as mães do mundo. Que, ao se tornarem mães, serão mães para sempre.
Rita Almeida é mãe do Paulo e da Gabi, avó do Rodrigo e filha da Dona Cidinha. É também uma das mães do Vamos falar sobre o luto?